INSCRIES () (47) 98446-8124 | SIGA-NOS: |
BLOG REVER
ARTIGOS QUE EDIFICARO A SUA VIDA
Abuso sexual e Sobreviventes
UMA ABORDAGEM CLÍNICA DA PSICODINÂMICA DA VIOLÊNCIA SEXUAL EM MULHERES font size=+2>
A razão deste assunto
Apresentamos este Projeto no XXI Congresso Nacional do CPPC e VI encontro Latino-Americano de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos. “Sagrado e o Psiquê - Pontos de convergências entre Espiritualidade, Subjetividade e religiosidade” (Goiânia- Brasil, 2019). “Abuso Sexual e Sobreviventes” foi o tema do nosso projeto. Este assunto até pouco tempo não era tão discutido na sociedade, com tanta veemência como está sendo abordado nestes últimos anos. Por isso que começamos este projeto com mulheres com a possibilidade de estender também aos homens futuramente. Não podemos esquecer que nossas crianças estão sendo vitimadas e violadas não importando o gênero. Trabalhamos com mulheres adultas que passaram por abusos sexuais. Estas mulheres foram aliciadas, violentadas e abusadas sexualmente na infância. Hoje já temos um nome para o abusador, ou seja, o pedófilo. É importante levar a informação sobre a violência sexual para que não fique esquecida como mais uma violência, e sim como um crime bárbaro e hediondo, violento ao ser humano. É muito séria esta problemática, porque a maioria das vezes envolve os integrantes das famílias, quem deveria proteger, são os que fazem esta barbárie acontecer.
A proteção das crianças
É de suma importância proteger nossas crianças, não mais calar e sim proclamar a libertação destes inocentes. Jesus nos ensina em Lucas 18. 15-16 que as crianças são tão inocentes e puras que se parecermos como crianças herdaremos o reino dos céus. Os adultos precisam de conhecimento, mais informações teóricas, palestras em escolas em igrejas, comunidades. Denunciar para os órgãos competentes esta situação que nossas crianças e adolescentes estão vivendo, ou seja, perdendo a inocência. Cuidar e proteger são deveres dos adultos, dos pais que em tese isto não acontece na maioria dos casos. Embora hoje muitos pais e responsáveis por crianças que passaram por abusos sexuais e violências domésticas já estejam denunciando e cuidando com tratamentos psicológicos e psiquiátricos, mas ainda é pouco perto do que as estatísticas demonstram. Precisamos prevenir e que na fase adulta estas crianças sejam saudáveis emocionalmente e que possam viver na sociedade de forma a não se sentirem inadequadas a viverem seus direitos de cidadão. Nas nossas experiências com estas mulheres percebemos que suas emoções estão abaladas, que a baixa autoestima não as deixa acreditar que elas podem conquistar seus sonhos. Sabemos que as estatísticas, as violências e abusos sexuais acontecem dentro de casa ou na vizinhança. É nesta perspectiva de segurança que nós psicólogos precisamos praticar e conquistar espaços para este cuidar psicológico e de instrução de famílias disfuncionais.
Que o governo possa proporcionar novas políticas a estes cientistas do comportamento, o psicólogo, a ter mais espaço nas escolas, nos hospitais, em centros de proteção ao menor, etc. Para que no futuro estas crianças que foram protegidas possam estar com sua saúde mental sem patologias tão severas, como: Síndrome do Pânico, Estres pós Traumático, Depressão, Bipolaridade, Transtorno de Ansiedade Generalizada, (TAG), Transtorno Obsessivo Compulsivo, (TOC), Transtorno Borderline, Suicídios, Homicídios e tantos outros problemas de ordem psíquica, porque foram acometidas por abusos sexuais e violências de toda ordem.
As Pesquisas e Estatísticas
As pesquisas revelam cada vez mais a extensão de sofrimento devido ao abuso e violências sexuais. No Brasil 70% dos estupros são de crianças e adolescentes, entre cinco mulheres nos estados Unidos uma foi abusada. "UM" caso de abuso já é demais, deixando marcas profundas e dores que na maioria das vezes são suportadas em silêncio, isto é devastador. A limitação emocional das pessoas que foram vítimas dessas violências tem prejudicado o vivenciar de uma vida plena e liberta como Cristo deseja e conquistou na cruz para os que creem. Ele Jesus é um exemplo de amor para que possamos receber e dar amor aos que precisam ser amados nesta dor tão profunda que é de violência sexual.
A violência contra a mulher não tem fronteiras culturais. Ela acontece sistematicamente em todas as sociedades ditas civilizadas. A grande questão é: por que isso ainda acontece, sobretudo em relação à violência sexual? Por que ainda é uma mancha a assombrar o mundo civilizado contemporâneo? Começamos este trabalho destacando o tema “Abuso sexual e sobreviventes”. Ou seja, a violência contra a mulher e seus efeitos devastadores, na forma como se mostram nos comportamentos e suas consequências negativas em suas vidas, com um registro negativo em suas memórias.
Vivemos num mundo digital, onde as informações são rápidas e vêm de todas as partes. Notícias diárias desnudam práticas de opressão sobre a mulher, até em países desenvolvidos reconhecidamente modelos de igualdade de gêneros, como a Noruega, onde recentemente foi descoberto o escandaloso número de mulheres estupradas num pequeno vilarejo – e o silêncio a que eram submetidas. Essas informações só nos chegam diariamente por conta da absoluta potência do mundo virtual, como noticiários online e redes sociais. É o status denunciador da internet – que é um sujeito. Essa preocupação em que esse tema nos transformou e nos fez buscar justificativas para a violência sexual.
Entendendo o universo da violência
Nosso trabalho propõe ajudar mulheres vitimadas por esta violência através de suportes teóricos, técnicas psicológicas e apoio espiritual, buscando minimizar os efeitos causados pelo abuso e suas consequências no corpo, emoções e espírito. Visa levar em terapia de grupo a possibilidade de um ambiente seguro e sigiloso onde a vítima terá a liberdade de falar da sua dor mais profunda que é o abuso sexual. Acreditamos que, quando nos encontramos com histórias semelhantes podemos crescer juntas em apoio, solidariedade e encorajamento para uma nova perspectiva de vida. Conhecendo a Psicodinâmica de cada participante para podermos usar as abordagens certas, ou seja, muitas delas precisarão de terapia individual, psiquiatra para uso de medicação para amenizar e curar as patologias desenvolvidas com o trauma.
Fases que acontecem com as vítimas: As vozes internas
Diane Langberg Ph.D. (2002), declara:
1. Primeira voz que a vítima do abuso sexual ouve é de alguém cujo coração se importa com as devastações causadas pelo mal do abuso sexual. Essa voz é de uma pessoa que apoia e trata essa problemática. Conhecendo as mentiras que o abuso infundiu e que deseja contar a verdade sempre e repetidamente.
2. A segunda voz é “sobrevivente”, que Diane compara com quem sobreviveu ao holocausto, ouvindo os corações de vítimas e sobreviventes de abuso sexual, se diz testemunha do testemunho de outros, isso também ela compara a violência sexual se você for uma vítima.
3. A terceira voz que você ouvirá será a sua própria. O som de sua própria voz pode inicialmente lhe soar estranho, porque o abuso sexual muitas vezes tem o efeito de silenciar suas vítimas.
4. A quarta voz que a vítima ouvira é a voz da fé, do redentor, ou seja, Deus muitas vezes é visto de forma punitiva. Algumas mulheres que sofreram o abuso temem que ele não exista pelo menos para elas. E algumas nem querem conhecê-lo, não acreditam que possa existir uma vida espiritual que possa trazer a sanidade e a cura para os traumas causados pela violência. Até confiar em alguém especialmente em um redentor é algo inimaginável. Outras desejam ouvir a voz Dele e estão ansiosas para saber o que Ele lhes dirá. Ele é chamado o Homem de dores (Is. 53.3), Ele está operando até mesmo nas trevas dentro destas pessoas que sofreram tal violência. Ele pode raiar a luz na escuridão e reconstruir as velhas ruinas.
O Resgate dos Sonhos
Estas mulheres podem ser resgatadas nos seus sonhos que foram deixados para trás, dos pensamentos distorcidos e da autoestima baixa, bem como a prevenção para a depressão e outros transtornos. A espiritualidade torna-se ferramenta importante nesse resgate, pois nela se encontra maior possibilidade de proporcionar o estímulo para a esperança de uma vida feliz em detrimentos dos sofrimentos vividos na violência.
Como realizamos o Projeto
Através da Terapia de Grupo de Apoio a Vítimas e Sobreviventes - Ministério interdenominacional, desenvolveu atividade terapêutica com grupos específicos, proporcionando um ambiente seguro e sigiloso onde a vítima tem a liberdade de falar das suas dores causadas pelo abuso sexual vivido.
São encontros semanais com um número mínimo de 20 pessoas, que são acompanhadas através do grupo de apoio durante o período de nove meses. Nas sessões de grupo terapia são abordados os aspectos psicológicos marcantes na vida da sobrevivente, termo usado pela psicóloga Diane Langberg Ph.D. (2002). Após a acolhida da vítima, ela é introduzida nos grupos de apoio e estudo.
A Terapia de Grupo
Entendendo a natureza da individualidade
A terapia de grupo a vítimas de abuso sexual desenvolvida neste trabalho dá ênfase nos traumas de violência e abuso sexual. Composto por mulheres que foram vítimas desta violência. Através de grupo terapia, vamos abordando o caso pela escuta de cada participante, acolhendo e apoiando durante o processo de libertação através do perdão que é estimulado e orientado pela leitura Bíblica e teórica, numa abordagem clínica através de técnicas que contribuam na compreensão de como poderão reconstruir suas vidas e gerar esperança para recomeçarem.
Base Teórica
Usamos como referencial teórico o livro da autora Diane Mandt Langberg Ph.D. e como guia prático o livro de Débora Kornfield, pós-graduada em assessoria familiar e enfermeira formada em Chicago. Débora Kornfield apoia e ensina multiplicadores desde 2001, para cuidar de vítimas e sobreviventes ao abuso sexual. Este guia prático, cujo título é: Vítima Sobrevivente e Vencedor (2012), descreve toda a saga e processo de quem sobrevive ao abuso e violência sexual e como podemos trabalhar durante estes meses como livro base de estudo e informações para quem sofreu violências de ordem física e de abuso sexual.
A Cultura e suas injustiças
O Abuso sexual é uma sexualização de uma situação nada sexual, mas violenta. Existe ainda a cobrança de uma moral sexual da vítima, baseada numa ideia de “honra” que pode convalidar ou descreditar o relato da mulher violentada. A palavra cultura sugere que existe uma forma de incentivo a essa prática criminosa. A mídia endossa a violência sexual. A sociedade, de forma geral, constrói um pensamento de que é necessária proteção à mulher, quando deveria se perguntar o porquê dessa proteção.
A mulher passa a figurar como o elemento social que precisa “ser protegido” da violência impetrada por homens. É uma cultura de controle, cujo funcionamento é calcado exatamente no medo, e que, para pleno funcionamento, ela precisa ser temida. O problema nasce quando estamos diante de uma glamorização do estupro, aos moldes de sedução e força viril. Propagandas diversas tematizam o estupro não de maneira crítica, mas sob o véu da arte, ele é pano de fundo estilizado, sedutor e permitido. Consideramos assim, que o Sagrado, e que o resgate deste viés Espiritual poderá trazer novamente a dignidade a estas mulheres que durante suas vidas roubadas podem acreditar que existe um espaço para a dignidade devastada por tanta dor.
Sobre as Autoras
Mara Rosani Oliveira Guerra
Psicóloga Clínica, Escritora.
Terapeuta Sistêmica Familiar e
Terapeuta Cognitiva Comportamental.
Coordenadora Regional do projeto GAVS e
Ministério de Restauração em Igrejas.
Palestrante na área de família e casais em Congressos,
Escolas, eventos de mulheres, igrejas e saúde emocional pastoral.
Maria de Fátima Oliveira Pereira
Psicóloga Clínica.
Instrutora do Ministério de Restauração.
Palestrante em Escolas, Igrejas,
Instituições Organizacionais e
diversos assuntos Pertinentes a saúde Emocional.
Supervisora:
Dra. Márcia Alexandre
Doutorado em Infectologia e HIV
Coordenadora e Instrutora no Projeto GAVS
Palestrante temas sobre Violência contra a Mulher
Infectologista
Luz foto criado por user18526052 - br.freepik.com
Fonte: LANGBERG, Diane. Vítima Sobrevivente e Vencedor: Apoio prático no caminho da cura/ Debora Kornfield. 1 ed. Curitiba, PR: Editora Esperança, 2012. LANGBERG, Diane. Abuso Sexual, aconselhando Vitimas. 1 ed. Curitiba, PR: Ed. Esperança, 2002. LANGBERG,
UMA ABORDAGEM CLÍNICA DA PSICODINÂMICA DA VIOLÊNCIA SEXUAL EM MULHERES font size=+2>
A razão deste assunto
Apresentamos este Projeto no XXI Congresso Nacional do CPPC e VI encontro Latino-Americano de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos. “Sagrado e o Psiquê - Pontos de convergências entre Espiritualidade, Subjetividade e religiosidade” (Goiânia- Brasil, 2019). “Abuso Sexual e Sobreviventes” foi o tema do nosso projeto. Este assunto até pouco tempo não era tão discutido na sociedade, com tanta veemência como está sendo abordado nestes últimos anos. Por isso que começamos este projeto com mulheres com a possibilidade de estender também aos homens futuramente. Não podemos esquecer que nossas crianças estão sendo vitimadas e violadas não importando o gênero. Trabalhamos com mulheres adultas que passaram por abusos sexuais. Estas mulheres foram aliciadas, violentadas e abusadas sexualmente na infância. Hoje já temos um nome para o abusador, ou seja, o pedófilo. É importante levar a informação sobre a violência sexual para que não fique esquecida como mais uma violência, e sim como um crime bárbaro e hediondo, violento ao ser humano. É muito séria esta problemática, porque a maioria das vezes envolve os integrantes das famílias, quem deveria proteger, são os que fazem esta barbárie acontecer.
A proteção das crianças
É de suma importância proteger nossas crianças, não mais calar e sim proclamar a libertação destes inocentes. Jesus nos ensina em Lucas 18. 15-16 que as crianças são tão inocentes e puras que se parecermos como crianças herdaremos o reino dos céus. Os adultos precisam de conhecimento, mais informações teóricas, palestras em escolas em igrejas, comunidades. Denunciar para os órgãos competentes esta situação que nossas crianças e adolescentes estão vivendo, ou seja, perdendo a inocência. Cuidar e proteger são deveres dos adultos, dos pais que em tese isto não acontece na maioria dos casos. Embora hoje muitos pais e responsáveis por crianças que passaram por abusos sexuais e violências domésticas já estejam denunciando e cuidando com tratamentos psicológicos e psiquiátricos, mas ainda é pouco perto do que as estatísticas demonstram. Precisamos prevenir e que na fase adulta estas crianças sejam saudáveis emocionalmente e que possam viver na sociedade de forma a não se sentirem inadequadas a viverem seus direitos de cidadão. Nas nossas experiências com estas mulheres percebemos que suas emoções estão abaladas, que a baixa autoestima não as deixa acreditar que elas podem conquistar seus sonhos. Sabemos que as estatísticas, as violências e abusos sexuais acontecem dentro de casa ou na vizinhança. É nesta perspectiva de segurança que nós psicólogos precisamos praticar e conquistar espaços para este cuidar psicológico e de instrução de famílias disfuncionais.
Que o governo possa proporcionar novas políticas a estes cientistas do comportamento, o psicólogo, a ter mais espaço nas escolas, nos hospitais, em centros de proteção ao menor, etc. Para que no futuro estas crianças que foram protegidas possam estar com sua saúde mental sem patologias tão severas, como: Síndrome do Pânico, Estres pós Traumático, Depressão, Bipolaridade, Transtorno de Ansiedade Generalizada, (TAG), Transtorno Obsessivo Compulsivo, (TOC), Transtorno Borderline, Suicídios, Homicídios e tantos outros problemas de ordem psíquica, porque foram acometidas por abusos sexuais e violências de toda ordem.
As Pesquisas e Estatísticas
As pesquisas revelam cada vez mais a extensão de sofrimento devido ao abuso e violências sexuais. No Brasil 70% dos estupros são de crianças e adolescentes, entre cinco mulheres nos estados Unidos uma foi abusada. "UM" caso de abuso já é demais, deixando marcas profundas e dores que na maioria das vezes são suportadas em silêncio, isto é devastador. A limitação emocional das pessoas que foram vítimas dessas violências tem prejudicado o vivenciar de uma vida plena e liberta como Cristo deseja e conquistou na cruz para os que creem. Ele Jesus é um exemplo de amor para que possamos receber e dar amor aos que precisam ser amados nesta dor tão profunda que é de violência sexual.
A violência contra a mulher não tem fronteiras culturais. Ela acontece sistematicamente em todas as sociedades ditas civilizadas. A grande questão é: por que isso ainda acontece, sobretudo em relação à violência sexual? Por que ainda é uma mancha a assombrar o mundo civilizado contemporâneo? Começamos este trabalho destacando o tema “Abuso sexual e sobreviventes”. Ou seja, a violência contra a mulher e seus efeitos devastadores, na forma como se mostram nos comportamentos e suas consequências negativas em suas vidas, com um registro negativo em suas memórias.
Vivemos num mundo digital, onde as informações são rápidas e vêm de todas as partes. Notícias diárias desnudam práticas de opressão sobre a mulher, até em países desenvolvidos reconhecidamente modelos de igualdade de gêneros, como a Noruega, onde recentemente foi descoberto o escandaloso número de mulheres estupradas num pequeno vilarejo – e o silêncio a que eram submetidas. Essas informações só nos chegam diariamente por conta da absoluta potência do mundo virtual, como noticiários online e redes sociais. É o status denunciador da internet – que é um sujeito. Essa preocupação em que esse tema nos transformou e nos fez buscar justificativas para a violência sexual.
Entendendo o universo da violência
Nosso trabalho propõe ajudar mulheres vitimadas por esta violência através de suportes teóricos, técnicas psicológicas e apoio espiritual, buscando minimizar os efeitos causados pelo abuso e suas consequências no corpo, emoções e espírito. Visa levar em terapia de grupo a possibilidade de um ambiente seguro e sigiloso onde a vítima terá a liberdade de falar da sua dor mais profunda que é o abuso sexual. Acreditamos que, quando nos encontramos com histórias semelhantes podemos crescer juntas em apoio, solidariedade e encorajamento para uma nova perspectiva de vida. Conhecendo a Psicodinâmica de cada participante para podermos usar as abordagens certas, ou seja, muitas delas precisarão de terapia individual, psiquiatra para uso de medicação para amenizar e curar as patologias desenvolvidas com o trauma.
Fases que acontecem com as vítimas: As vozes internas
Diane Langberg Ph.D. (2002), declara:
1. Primeira voz que a vítima do abuso sexual ouve é de alguém cujo coração se importa com as devastações causadas pelo mal do abuso sexual. Essa voz é de uma pessoa que apoia e trata essa problemática. Conhecendo as mentiras que o abuso infundiu e que deseja contar a verdade sempre e repetidamente.
2. A segunda voz é “sobrevivente”, que Diane compara com quem sobreviveu ao holocausto, ouvindo os corações de vítimas e sobreviventes de abuso sexual, se diz testemunha do testemunho de outros, isso também ela compara a violência sexual se você for uma vítima.
3. A terceira voz que você ouvirá será a sua própria. O som de sua própria voz pode inicialmente lhe soar estranho, porque o abuso sexual muitas vezes tem o efeito de silenciar suas vítimas.
4. A quarta voz que a vítima ouvira é a voz da fé, do redentor, ou seja, Deus muitas vezes é visto de forma punitiva. Algumas mulheres que sofreram o abuso temem que ele não exista pelo menos para elas. E algumas nem querem conhecê-lo, não acreditam que possa existir uma vida espiritual que possa trazer a sanidade e a cura para os traumas causados pela violência. Até confiar em alguém especialmente em um redentor é algo inimaginável. Outras desejam ouvir a voz Dele e estão ansiosas para saber o que Ele lhes dirá. Ele é chamado o Homem de dores (Is. 53.3), Ele está operando até mesmo nas trevas dentro destas pessoas que sofreram tal violência. Ele pode raiar a luz na escuridão e reconstruir as velhas ruinas.
O Resgate dos Sonhos
Estas mulheres podem ser resgatadas nos seus sonhos que foram deixados para trás, dos pensamentos distorcidos e da autoestima baixa, bem como a prevenção para a depressão e outros transtornos. A espiritualidade torna-se ferramenta importante nesse resgate, pois nela se encontra maior possibilidade de proporcionar o estímulo para a esperança de uma vida feliz em detrimentos dos sofrimentos vividos na violência.
Como realizamos o Projeto
Através da Terapia de Grupo de Apoio a Vítimas e Sobreviventes - Ministério interdenominacional, desenvolveu atividade terapêutica com grupos específicos, proporcionando um ambiente seguro e sigiloso onde a vítima tem a liberdade de falar das suas dores causadas pelo abuso sexual vivido.
São encontros semanais com um número mínimo de 20 pessoas, que são acompanhadas através do grupo de apoio durante o período de nove meses. Nas sessões de grupo terapia são abordados os aspectos psicológicos marcantes na vida da sobrevivente, termo usado pela psicóloga Diane Langberg Ph.D. (2002). Após a acolhida da vítima, ela é introduzida nos grupos de apoio e estudo.
A Terapia de Grupo
Entendendo a natureza da individualidade
A terapia de grupo a vítimas de abuso sexual desenvolvida neste trabalho dá ênfase nos traumas de violência e abuso sexual. Composto por mulheres que foram vítimas desta violência. Através de grupo terapia, vamos abordando o caso pela escuta de cada participante, acolhendo e apoiando durante o processo de libertação através do perdão que é estimulado e orientado pela leitura Bíblica e teórica, numa abordagem clínica através de técnicas que contribuam na compreensão de como poderão reconstruir suas vidas e gerar esperança para recomeçarem.
Base Teórica
Usamos como referencial teórico o livro da autora Diane Mandt Langberg Ph.D. e como guia prático o livro de Débora Kornfield, pós-graduada em assessoria familiar e enfermeira formada em Chicago. Débora Kornfield apoia e ensina multiplicadores desde 2001, para cuidar de vítimas e sobreviventes ao abuso sexual. Este guia prático, cujo título é: Vítima Sobrevivente e Vencedor (2012), descreve toda a saga e processo de quem sobrevive ao abuso e violência sexual e como podemos trabalhar durante estes meses como livro base de estudo e informações para quem sofreu violências de ordem física e de abuso sexual.
A Cultura e suas injustiças
O Abuso sexual é uma sexualização de uma situação nada sexual, mas violenta. Existe ainda a cobrança de uma moral sexual da vítima, baseada numa ideia de “honra” que pode convalidar ou descreditar o relato da mulher violentada. A palavra cultura sugere que existe uma forma de incentivo a essa prática criminosa. A mídia endossa a violência sexual. A sociedade, de forma geral, constrói um pensamento de que é necessária proteção à mulher, quando deveria se perguntar o porquê dessa proteção.
A mulher passa a figurar como o elemento social que precisa “ser protegido” da violência impetrada por homens. É uma cultura de controle, cujo funcionamento é calcado exatamente no medo, e que, para pleno funcionamento, ela precisa ser temida. O problema nasce quando estamos diante de uma glamorização do estupro, aos moldes de sedução e força viril. Propagandas diversas tematizam o estupro não de maneira crítica, mas sob o véu da arte, ele é pano de fundo estilizado, sedutor e permitido. Consideramos assim, que o Sagrado, e que o resgate deste viés Espiritual poderá trazer novamente a dignidade a estas mulheres que durante suas vidas roubadas podem acreditar que existe um espaço para a dignidade devastada por tanta dor.
Sobre as Autoras
Mara Rosani Oliveira Guerra
Psicóloga Clínica, Escritora.
Terapeuta Sistêmica Familiar e
Terapeuta Cognitiva Comportamental.
Coordenadora Regional do projeto GAVS e
Ministério de Restauração em Igrejas.
Palestrante na área de família e casais em Congressos,
Escolas, eventos de mulheres, igrejas e saúde emocional pastoral.
Maria de Fátima Oliveira Pereira
Psicóloga Clínica.
Instrutora do Ministério de Restauração.
Palestrante em Escolas, Igrejas,
Instituições Organizacionais e
diversos assuntos Pertinentes a saúde Emocional.
Supervisora:
Dra. Márcia Alexandre
Doutorado em Infectologia e HIV
Coordenadora e Instrutora no Projeto GAVS
Palestrante temas sobre Violência contra a Mulher
Infectologista
Luz foto criado por user18526052 - br.freepik.com
Fonte: LANGBERG, Diane. Vítima Sobrevivente e Vencedor: Apoio prático no caminho da cura/ Debora Kornfield. 1 ed. Curitiba, PR: Editora Esperança, 2012. LANGBERG, Diane. Abuso Sexual, aconselhando Vitimas. 1 ed. Curitiba, PR: Ed. Esperança, 2002. LANGBERG,
LOJA VIRTUAL Breve! Nossos materiais disponveis em nossa loja. |